Testado um modelo eficaz para a Pesquisa Clínica Brasileira

A aprovação das vacinas CoronaVac e Oxford/Astrazeneca representam um marco sem precedentes para a história da pandemia do país, mas também para a pesquisa clínica brasileira.

A CONEP conseguiu atingir tempo recorde de aprovação ética para os projetos de vacinas, realizados em território nacional. Por sua vez, a Anvisa demonstrou excelência técnica comparada às agências de primeiro mundo. Afastou as dúvidas quanto à sua autonomia e demonstrou seriedade e comprometimento com todo o processo de validação das vacinas, analisando criteriosamente os dados e resultados obtidos dos estudos em andamento.

Tudo isso trouxe segurança e credibilidade para o uso emergencial das vacinas e demonstrou que o Brasil tem um ambiente altamente preparado para a realização de Pesquisa Clínica de Excelência quando o sistema funciona neste modelo e velocidade.

Esta tragédia que é a pandemia, iluminou para toda a sociedade a importância vital que a pesquisa clínica tem para a raça humana e para as economias globais. Depois desta experiência traumática, a pesquisa clínica deste país não pode mais retornar ao ambiente anterior à pandemia. Seu valor para a sociedade e economia do país foi demonstrado a duras penas. É inquestionável a necessidade de termos regras claras e papéis definidos disciplinados por uma lei.

E para que a pesquisa clínica brasileira possa continuar a trazer todos os benefícios que ela gera para a sociedade, temos que avançar, e aprovarmos um marco regulatório no país, que gere segurança, celeridade e transparência  para o ambiente externo, e nos retire do ambiente anacrônico em relação ao resto mundo, pois sem isso, vamos continuar sem competitividade e excluídos do processo das importantes conquistas através da inovação na área da saúde que estão por vir.

 

Coautores do artigo: Irani Fim Francischetto, Aliança e SBMF