Caracterizada pela agressão das células de defesa do nosso corpo à bainha de mielina (membrana que envolve todos os axônios), a Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, crônica, progressiva e autoimune. A doença causa lesões no cérebro, medula e diversas outras reações que levam a dificuldades motoras e sensitivas. Com proveniência desconhecida, as possibilidades de herança genética ou ambientais são algumas das prováveis causas. Sua característica mais marcante é a imprevisibilidade dos surtos.
Os sintomas de Esclerose Múltipla aparecem com intervalos e variam de paciente para paciente. Os mais frequentes são fadiga imprevisível ou desproporcional à atividade realizada, diminuição de força e espasmos musculares, problemas de equilíbrio e coordenação, fala lenta, voz trêmula, dificuldade para engolir, visão embaçada, formigamento em partes do corpo, perda de memória, dificuldade de raciocínio, transtornos emocionais, perda de libido e sensibilidade.
De acordo com divulgação feita em 2013 pela Federação Internacional de Saúde e a Organização Mundial de Saúde, a doença atinge em torno de 40 mil pessoas no Brasil e 2,3 milhões no mundo. Os mais afetados têm entre 20 e 40 anos, o que a caracteriza como a principal doença incapacitante entre jovens. Também é comum nas mulheres e em pessoas de pele branca que vivem em zonas temperadas. A Esclerose Múltipla Remitente Recorrente é o tipo mais frequente, com aproximadamente 85% dos diagnósticos, já os outros 15% têm a forma progressiva da doença.
Apesar de não ter cura, a Esclerose Múltipla tem tratamento com medicamentos que visam a redução da incapacidade e progressão, além de controlar os sintomas. A qualidade de vida proporcionada pelo tratamento só foi possível graças aos diversos estudos encaminhados em todo o mundo. Conforme avançam, melhor é a garantia de mais bem-estar para os portadores da doença.
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Fonte: Ministério da Saúde
Associação Brasileira de Esclerose Múltipla